Prof.ª Maria Luiza Redentora:

"...Mesmo que para isso tenha que dar minha cara a tapa, e lançar-me na guerra sem armadura,
vou peitar isso tudo mesmo que fique aqui só e insegura..."

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A Revolução dos Orgãos

A saga continua....

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A respeito do horror

Portão principal de Auschwitz I - na placa lê-se: "O trabalho liberta"
"Há terror e pânico em nossa cidade...
A causa de tudo isso são os trens lotados de judeus que passam por nossa cidade rumo a Belzec. Os judeus são amontoados em vagões de gado fechados, de cem a cento e cinquenta em cada vagão. Belzec fica localizada numa área florestal, e é lá que todos são mortos. Como são assassinados, isso não sabemos. Há rumores de que são envenenados com gás, outros dizem que são eletrocutados, queimados ou baleados. Uma coisa é certa, de lá não há volta."
Clara Schwarz, 15 anos, Polônia, Verão de 1942


Escrevo este post nauseado pela rápida pesquisa que realizei devido aos 65 anos da libertação dos campos de concentração nazistas de Auschwitz-Birkenau, pelas tropas soviéticas , no dia 27 de Janeiro de 1945.
Me é viceralmente perturbador ler os relatos de sobreviventes e me expor as fotos documentais da época. Meu sangue ferve em dor e se apimenta de desejos de vingança, carnal, a fim de levar a cabo uma outra guerra contra pessoas a tempos mortas ou já bastante envelhecidas. Investigando minha alma posso compreender claramente, em mim, o impulso que leva tantos jovens a guerra, e que provavelmente seria similar a outros tantos jovens que estariam do outro lado deste conflito que eu poderia ingressar.
O pior é: me considero pacifista, mas percebi que não sou. Dou graças a deus, sem crer em tal mentira, que muitos deram suas vidas para derrotar a Alemanha Nazista, e que puderam ajudar , enfim, os que resistiram aos horrores da Shoah -melhor dizer Holocausto, não foram só Judeus que morreram, apesar de serem o grupo amplamente maioritário.
Neste dia em que se relembra este feito, ofereço meus pensamentos as incontáveis (não é pleonasmo) vitimas cruelmente assassinadas; aos corajosos combatentes que morreram ajudando a extirpar esse mal - soou bem nazista isso, não? pois esse é o tamanho do meu ódio- e aos outros tantos veteranos e sobreviventes que carregam/carregaram no corpo e na mente as marcas desses tempos abomináveis.

"Queria gritar ao tempo que se demorasse, e não corresse. Queria recapturar o meu ano passado e guardá-lo para mais tarde, para a nova vida. Meu segundo sentimento hoje é o de força e esperança. Não sinto o menor desespero. Hoje fiz quinze anos de idade e vivo confiante no futuro, não me preocupo com ele, em vez disso tudo o que vejo diante de mim é o sol, o sol, o sol, o sol.

Yitskhok Rudashevski, Lituânia, 10 de Dezembro de 1942 (morreu por mãos nazistas por volta de outubro de 1943)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Revolução dos Orgãos

Wady Tosquera Productions orgulhosamente - mesmo! eu que não sei desenhar! - apresenta:

"A Revolução dos Orgãos: O início da saga"


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domingo, 17 de janeiro de 2010

Mais um tiquinho de lirismo

Ai, ai ó mar! "Quanto de teu sal não são lágrimas de Portugal!"

Um pouquinho de lirismo

Já faz um certo tempo que eu descobri este incrível intérprete de fado. Seu nome é Antonio Zambujo. Ele faz um fado digamos contemporâneo, fazendo releituras de clássicos com uma roupagem atual. É maravilhoso! Os arranjos, a voz, o jeito de tocar, e enfim, vá lá, ele é um belo gajo também...um encanto!. Confiram:

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Remake

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Iria escrever hoje sobre o decreto do presidente em relação ao plano de direitos humanos a ser votado pelo congresso. Mas - infelizmente - percebi porque ninguém dá muita bola para política, mesmo que isso interfira diretamente em nossas vidas : é muito chato!

O caso é : vou escrever sobre cinema.

Li hoje no jornal uma crítica em relação ao lançamento do novo filme de Werner Herzog "Vício Frenético". A argumentação que se segue responde a pergunta, de forma negativa: "Porque refilmar?".

Não entendo esse estigma que as releituras carregam no cinema. Não vejo mal algum em pegar um roteiro velho e o refilmar a partir do meu ponto de vista. Como músico/ator estou mais do que acostumado com isso nessas artes, alias é uma das formas pela qual a arte se renova. Novas versão de canções antigas, de textos antigos - ainda se encenam tragédias! - sempre vem a tona e com maior ou menor êxito sempre são louvadas. Entretanto, essa lógica não se aplica ao cinema. Concordo, infelizmente, que a grande e avassaladora maioria das novas versões de filmes são inferiores aos originais - excluindo a priori dessa estimativa os ridículos remakes vendáveis de Hollywood. Mas daí chegar ao ponto de denegrir a ideia de se refilmar antigos roteiros é um exagero. Cito como uma refilmagem bem sucedida aqui a nova versão de "A fantástica Fábrica de Chocolate". Não gostei muito do filme, mas ele consegue trazer novas ideias e revelar novos lados do dono da fábrica, além de estabelecer uma comunicação , a meu ver , mais eficiente com as crianças de hoje em dia, do que as antigas músicas conseguiriam.

De qualquer forma a impressão que tenho é que sendo o cinema uma arte nova, da modernidade, acaba incorporando seu ponto crucial, a veneração do Novo, a grande e fetichizada Novidade, ou nas palavras de Álvaro de Campos "tudo...com que hoje se é diferente de ontem". Ainda nesse ponto, acho que o grande erro, que contribui decisivamente para esse tabu no cinema, é o impulso de refilmar filmes apenas para atualizar sua técnica, o refilmando tendo em vista somente melhorara da qualidade das imagens, dos sons, dos efeitos especiais, sem trazer uma nova possibilidade de interpretação e/ou linguagem para o tema tratado. Ou ainda, apenas do ponto de vista comercial, para se explorar uma marca já conhecida e desejada.

Não assisti e nem sei se pretendo assistir a esse novo longa de Herzog, que é uma versão do homônimo filme do diretor Abel Ferrara, de 1992, mas isso não vem ao caso.

Não fosse o cinema uma arte tão técnica (tudo depende de equipamentos), e consequentemente, tão cara, gostaria eu de refilmar grandes clássicos do cinema para provar essa minha teoria de que é sim possível, e até desejável, que se monte - ops, termo teatral - que se filme antigos bons roteiros, visando explorar novas possibilidades de interpretação do mesmo.


"Refazendo tudo, refazenda, ..." Gilberto Gil

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Estou me sentindo desconjuntado...

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domingo, 10 de janeiro de 2010

Ano Novo, Vida Nova !

Fotografia: Ym Yek/EFE


Resolvi mudar. Cansado de ser quem eu sou, assim que virou o ano, raspei todos os pelos do meu corpo: cabelo, barba, peito, pernas, pubis. Sobrou até para as minhas sobrancelhas - Coitadas! Aderindo a nova antiga moda furei minhas orelhas e coloquei um espaçador em cada, além dos brincos de argola, e cravejei meu nariz com piercings luxuosos. É isso: Ano Novo, Vida Nova! E tatuei enorme no meu peito, "ESPERANÇA", e gigantesco nas minhas costas, "NUNCA MAIS". Já não sou o mesmo do dia 31 às 11:59:59, e no entanto, nada mudou.

Feliz Ano Novo!