A saga continua....
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
A respeito do horror
Escrevo este post nauseado pela rápida pesquisa que realizei devido aos 65 anos da libertação dos campos de concentração nazistas de Auschwitz-Birkenau, pelas tropas soviéticas , no dia 27 de Janeiro de 1945.
Me é viceralmente perturbador ler os relatos de sobreviventes e me expor as fotos documentais da época. Meu sangue ferve em dor e se apimenta de desejos de vingança, carnal, a fim de levar a cabo uma outra guerra contra pessoas a tempos mortas ou já bastante envelhecidas. Investigando minha alma posso compreender claramente, em mim, o impulso que leva tantos jovens a guerra, e que provavelmente seria similar a outros tantos jovens que estariam do outro lado deste conflito que eu poderia ingressar.
O pior é: me considero pacifista, mas percebi que não sou. Dou graças a deus, sem crer em tal mentira, que muitos deram suas vidas para derrotar a Alemanha Nazista, e que puderam ajudar , enfim, os que resistiram aos horrores da Shoah -melhor dizer Holocausto, não foram só Judeus que morreram, apesar de serem o grupo amplamente maioritário.
Neste dia em que se relembra este feito, ofereço meus pensamentos as incontáveis (não é pleonasmo) vitimas cruelmente assassinadas; aos corajosos combatentes que morreram ajudando a extirpar esse mal - soou bem nazista isso, não? pois esse é o tamanho do meu ódio- e aos outros tantos veteranos e sobreviventes que carregam/carregaram no corpo e na mente as marcas desses tempos abomináveis.
"Queria gritar ao tempo que se demorasse, e não corresse. Queria recapturar o meu ano passado e guardá-lo para mais tarde, para a nova vida. Meu segundo sentimento hoje é o de força e esperança. Não sinto o menor desespero. Hoje fiz quinze anos de idade e vivo confiante no futuro, não me preocupo com ele, em vez disso tudo o que vejo diante de mim é o sol, o sol, o sol, o sol.
Yitskhok Rudashevski, Lituânia, 10 de Dezembro de 1942 (morreu por mãos nazistas por volta de outubro de 1943)
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
A Revolução dos Orgãos

domingo, 17 de janeiro de 2010
Um pouquinho de lirismo
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Remake

Iria escrever hoje sobre o decreto do presidente em relação ao plano de direitos humanos a ser votado pelo congresso. Mas - infelizmente - percebi porque ninguém dá muita bola para política, mesmo que isso interfira diretamente em nossas vidas : é muito chato!
O caso é : vou escrever sobre cinema.
Li hoje no jornal uma crítica em relação ao lançamento do novo filme de Werner Herzog "Vício Frenético". A argumentação que se segue responde a pergunta, de forma negativa: "Porque refilmar?".
Não entendo esse estigma que as releituras carregam no cinema. Não vejo mal algum em pegar um roteiro velho e o refilmar a partir do meu ponto de vista. Como músico/ator estou mais do que acostumado com isso nessas artes, alias é uma das formas pela qual a arte se renova. Novas versão de canções antigas, de textos antigos - ainda se encenam tragédias! - sempre vem a tona e com maior ou menor êxito sempre são louvadas. Entretanto, essa lógica não se aplica ao cinema. Concordo, infelizmente, que a grande e avassaladora maioria das novas versões de filmes são inferiores aos originais - excluindo a priori dessa estimativa os ridículos remakes vendáveis de Hollywood. Mas daí chegar ao ponto de denegrir a ideia de se refilmar antigos roteiros é um exagero. Cito como uma refilmagem bem sucedida aqui a nova versão de "A fantástica Fábrica de Chocolate". Não gostei muito do filme, mas ele consegue trazer novas ideias e revelar novos lados do dono da fábrica, além de estabelecer uma comunicação , a meu ver , mais eficiente com as crianças de hoje em dia, do que as antigas músicas conseguiriam.
De qualquer forma a impressão que tenho é que sendo o cinema uma arte nova, da modernidade, acaba incorporando seu ponto crucial, a veneração do Novo, a grande e fetichizada Novidade, ou nas palavras de Álvaro de Campos "tudo...com que hoje se é diferente de ontem". Ainda nesse ponto, acho que o grande erro, que contribui decisivamente para esse tabu no cinema, é o impulso de refilmar filmes apenas para atualizar sua técnica, o refilmando tendo em vista somente melhorara da qualidade das imagens, dos sons, dos efeitos especiais, sem trazer uma nova possibilidade de interpretação e/ou linguagem para o tema tratado. Ou ainda, apenas do ponto de vista comercial, para se explorar uma marca já conhecida e desejada.
Não assisti e nem sei se pretendo assistir a esse novo longa de Herzog, que é uma versão do homônimo filme do diretor Abel Ferrara, de 1992, mas isso não vem ao caso.
Não fosse o cinema uma arte tão técnica (tudo depende de equipamentos), e consequentemente, tão cara, gostaria eu de refilmar grandes clássicos do cinema para provar essa minha teoria de que é sim possível, e até desejável, que se monte - ops, termo teatral - que se filme antigos bons roteiros, visando explorar novas possibilidades de interpretação do mesmo.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
domingo, 10 de janeiro de 2010
Ano Novo, Vida Nova !
Resolvi mudar. Cansado de ser quem eu sou, assim que virou o ano, raspei todos os pelos do meu corpo: cabelo, barba, peito, pernas, pubis. Sobrou até para as minhas sobrancelhas - Coitadas! Aderindo a nova antiga moda furei minhas orelhas e coloquei um espaçador em cada, além dos brincos de argola, e cravejei meu nariz com piercings luxuosos. É isso: Ano Novo, Vida Nova! E tatuei enorme no meu peito, "ESPERANÇA", e gigantesco nas minhas costas, "NUNCA MAIS". Já não sou o mesmo do dia 31 às 11:59:59, e no entanto, nada mudou.
Feliz Ano Novo!