Que maré é essa?
Que vai e não volta
No mar há uma porta
Que me convida a partir
Não há resposta
a translúcida porta
não mostra o porvir
Não tem conserto
Não tenho remos
meu peito agora
se perde na imensidão
não tem porque não
não tenho medo
mais forte é o mar
não há porto ou farol
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Mar, morte, inconsciente, desconhecido... há quantos milênios essas ideias fascinam? Imagino nossos ancestrais estupefatos, na aurora da cisão ilusória à qual sucumbimos no final do período neolítico, olhando para o mar com o mesmo mistério que nós, às luzes do porto de Santos. O que aprendemos de fato?
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