sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Delete seus inimigos!
- Desfaça-se!
E tudo em volta desmoronou, restando, quando muito, apenas sombras do que um dia foi toda a vida."
P.S.: Im link para quem deixou de se preocupar.
Aprenda a Construir sua Bomba - afinal os tempos são de precaução!
http://www.quatrocantos.com/humor/cientificas/01_bomba_atomica.htm
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Oposição é a feiúra dos fracos.
Sem palavras pra sentir...
Sem palavras pra artar...
Mas com muitos verbos pra vender!
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Compre! Tente! Purifique sua intenção imprudente!
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A sonhagem nefasta, lá no centro, corrida @ corroída
Apressa-me a não me dar respeito.
Mas sem mesmo sigo, não é José?
À minha pequena...
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Luto
Isso me pegou de surpresa, e entristece um pouco meu dia.
Abaixo transcrevo sua última entrada em seu blog em 18 de Junho.
Que pena que já se foi...o tempo e sua foice são implacáveis...
Acho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de reflexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, não vamos a parte nenhuma.
"Entre o homem, com a sua razão, e os animais, com o seu instinto quem afinal, estará mais bem dotado para o governo da vida? Se os cães tivessem inventado um deus, brigariam por diferenças de opinião quanto ao nome e dar-lhe, Perdigueiro fosse, ou Lobo-d'Alsácia? E, no caso de estarem de acordo quanto ao apelativo, andariam, gerações após gerações, a morder-se mutuamente por causa da forma das orelhas ou do tefado da causa do seu do seu canino deus?"
segunda-feira, 14 de junho de 2010
I´m Losing It

"Será que precisarei de bolas de ferro para me proteger de uma liberdade, digamos, mais ampla?" (Gustavo Conte)
sexta-feira, 11 de junho de 2010
ENEXA!
Assistir a copa ou invadir a assembleia?
Torcer pelo Brasil ou repartir nossas terras?

e a cada gol de fera,
uma criança tomba morta,
muito doida de cola.
Pô, seus Bendeirinha, não deu pra perceber,
que o povo tá impedido na cara dura de bem viver?!
Pô, seu Juiz, presta atenção na grande área:
corpo que cai é penalti, é morte encomendada!
Explodem rojões no céu!
E na cara dos sem terra...
aos capitães da seca,
aos centro-avantes da miséria,
aos volantes da amargura,
aos zagueiros do império...
À seleção de poucos da nação
- de neguinho tipo exportação-
À sucursal Brasil S. A.,
Eficiente em desnutrir,
Excluir e dominar.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Da Capo
"Roda mundo, roda gigante, roda moinho, roda peão.
O tempo rodou num instante nas voltas do meu coração." (Chico Buarque)
A Volta Dos Mortos Vivos
Ele é um comercial de natal educativo sobre acidentes de trânsito.
Para mim esse é o tipo de comunicação desejável, quando o assunto é educar. O comercial acerta em apostar nas vivências prazerosas, retratadas de forma bem informal, quase caseira. A identificação é direta. E ele continua acertando ao explorar ao longo de cinco minutos, reiteradas vezes, em diversos exemplos, as tragédias que se anunciam. O ponto forte é sem dúvida o que aqui eu vejo como bom, que é o apelo, o argumento emocional do comercial. Nada mais certo do que isso, se o objetivo é de fato conscientizar. Somos seres dotados de razão, mas guiamos nossas vidas através de nossas emoções. Meu único porém no vídeo, é a referência a vigilância da polícia, muito mais pela forma que é tratada, do que pela presença em si. Essa é a única passagem que apesar do tom melo dramático, transparece um argumento extremamente racional: Não faça. Estamos te vigiando. Você será punido. Argumento esse de baixo impacto, a meu ver, já que todos já sabem muito bem os limites legais de teor alcoólico no sangue ao volante. Para mim o que torna o vídeo forte e certeiro é o retrato emocional da vida dos personagens envolvidos e retratados. Muito bom.
sábado, 24 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
terça-feira, 6 de abril de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
Investigando o abismo

Tenho tido sonos tristes.
Veja: Não são pesadelos.
São apenas sonhos em que você acorda
Com a certeza de que tudo em volta
Não faz sentido.
Não faz sentido a cidade;
Não faz o menor sentido a família;
Suas amizades mal resolvidas
Não fazem sentido;
Seus amores...
Seriam apenas leve incomodo,
Leve mal estar passageiro que te trouxe a noite,
E que se dissipa com a brisa matutina,
Não fosse a teimosia do mal estar em não se dissipar.
O sol acorda. Ligam-me gente de diversos círculos,
e o maldito lá, a me dizer que nada mais vale a pena.
"Ora essa!" Me dizem os amigos.
"Não recebestes o telefonema?"
"A festa do mundo está aí a se renovar!"
"Não vais cair nessa piscina?"
Sempre fui de nadar...
Mesmo quando havia chuva -
As vezes, principalmente quando tempestade.
Mas a mim, a noite trouxe a mensagem eletrônica,
Anunciando que o fim nuclear há três semanas chegara,
Que não me acharam porque não estava no sistema,
Mas que agora finalmente me comunicavam.
"Estás só. Não morrestes por algum acaso absurdo.
A ti coube acordar com a frieza da aurora,
e viver, se conectar, com máquinas"
Estas sim, realidades que restaram.
***
"O sol nasce e ilumina as pedras evoluídas,
que cresceram com a força de pedreiros suicidas"
Chico Science - A Cidade
terça-feira, 30 de março de 2010
Se preparem! Ou desculpa poetíca para transar

sexta-feira, 19 de março de 2010
Muito bem, confesso...
No fundo eu sou feito de açúcar ;)
Ignorem o video. Escutem a música
quarta-feira, 17 de março de 2010
Amor sublime, o amor terreno VI
Bíblia - Antigo Testamento
SEXTO CANTO
Triunfo de amor
Coro.
5 Quem é esta que surge do deserto,
apoiada no seu amado?
Ele.
Debaixo da macieira eu te despertei,
onde tua mãe, em dores, por ti se consumia,
onde se consumia em dores quem te deu à luz.
Ela.
6 Põe-me como um selo sobre teu coração,
como um selo sobre teu braço!
Porque é forte o amor como a morte,
e a paixão é violenta como o abismo:
suas centelhas são centelhas de fogo,
labaredas divinas.
7 Águas torrenciais não conseguirão apagar o amor,
nem rios poderão afogá-lo.
Se alguém quisesse comprar o amor,
com todos os tesouros de sua casa,
se faria desprezível.
A amada e seus irmãos
Irmãos.
8 Temos uma irmãzinha,
ainda sem seios.
O que faremos por nossa irmã,
quando alguém pedir sua mão?
9 Se ela é uma muralha,
vamos construir-lhe ameias de prata;
se é uma porta,
vamos reforça-la com pranchas de cedro.
Ela.
10 Agora já sou uma muralha,
e meus seios são como torres.
E assim tornei-me a seus olhos
a mulher a encontrar a paz.
A vinha de Salomão
Ela.
11 Salomão tinha uma vinha em Baal-Hamon.
Entregou a vinha a cultivadores;
por seus frutos se pagaria
mil siclos de prata.
12 Sobre minha vinha, porém, disponho eu:
para ti, Salomão, os mil siclos,
e duzentos para os cultivadores de seus frutos.
Intimidade do amor
Ele.
13 Tu que habitas nos jardins,
com companheiros a escutar a tua voz,
deixa-me ouvi-la!
Ela.
14 Vai depressa, meu amado,
– imitando a gazela ou sua cria –,
para os montes perfumados!
Amor sublime, o amor terreno V
Bíblia - Antigo Testamento
QUINTO CANTO
Prendas da amada
Ele.
4 És formosa, minha amiga, como Tersa,
encantadora como Jerusalém,
esplêndida como as constelações.
5 Aparta de mim teus olhos, porque eles me perturbam!
Teus cabelos são como um rebanho de cabras,
esparramando-se pelas encostas de Galaad.
6 Teus dentes são como um rebanho de ovelhas,
recém-saídas do lavadouro;
cada um com seu par, sem perda alguma.
7 Tuas faces são metades de romã,
na transparência do véu.
A predileta
Ele.
8 Sessenta são as rainhas,
oitenta as concubinas,
além de numerosas donzelas.
9 Uma só, porém, é a minha pomba, o meu primor:
única é ela para sua mãe,
é o encanto de quem a gerou.
Ao vê-la, felicitam-na as donzelas,
louvam-na as rainhas e as concubinas.
Coro.
10 Quem é esta que surge como a aurora,
bela como a luz, brilhante como o sol,
esplêndida como as constelações?
Ele.
11 Desci ao horto das nogueiras
para examinar os brotos da várzea
e ver se as vides já brotavam,
se floresciam as romãzeiras.
12 Sem me aperceber, minha fantasia me transportou
até às carruagens da nobre comitiva.
A dança
Coro.
1 Retorna, Sulamita, retorna!
Retorna, para podermos contemplar-te, retorna!
Ele.
O que vedes na Sulamita,
quando dança entre dois coros?
2 Como são belos teus passos nas sandálias,
ó filha de príncipes!
Os contornos de teus quadris são como colares:
obra das mãos de artista.
3 Teu umbigo é uma taça redonda:
não lhe falte vinho mesclado!
Teu ventre é um monte de trigo, cercado de lírios.
4 Teus seios são como duas crias,
como gêmeos de gazela.
5 Teu pescoço é como uma torre de marfim.
Teus olhos são como as piscinas de Hesebon,
junto à Porta Maior.
Teu nariz é como a torre do Líbano,
sentinela sobre Damasco.
6 Tua cabeça sobressai como o Carmelo;
e as madeixas de tua cabeça são como fios de púrpura,
que nos tanques um rei mantém amarrados.
Protestos de amor
Ele.
7 Como és formosa e encantadora,
ó delicioso amor!
8 Teu talhe assemelha-se a uma palmeira,
e teus seios a cachos.
9 Eu disse: "Vou trepar pela palmeira
e agarrar-me às suas frondes".
Teus seios devem ser como racemos na cepa,
teu hálito como a fragrância das maçãs,
10 tua boca, como vinho generoso.
Ela.
Ele flui suavemente para meu amado
deslizando pelos lábios dos adormecidos!
11 Eu sou do meu amado,
e ele arde em desejos por mim.
Canção do encontro
Ela.
12 Vem, meu amado, saiamos ao campo!
Passaremos a noite nas aldeias,
13 madrugaremos para ir aos vinhedos,
ver se as vides lançaram rebentos
ou se já se abrem suas flores,
se florescem as romãzeiras.
Ali te darei o meu amor.
14 As mandrágoras exalam seu perfume,
e à nossa porta há mil frutas deliciosas,
tanto frescas como secas,
que para ti, meu amado, reservei.
Anelos de amor
Ela.
1 Quem me dera que fosses meu irmão,
amamentado aos seios de minha mãe!
Encontrando-te pela rua, beijar-te-ia,
sem que alguém me desprezasse.
2 Eu me farei teu guia para introduzir-te
na casa de minha mãe, que me criou;
dar-te-ei a beber vinho aromático e suco de minhas romãs.
3 Sua esquerda apóia minha cabeça,
e sua direita me abraça.
Ele.
4 Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém,
que não acordeis nem desperteis a amada,
antes que ela queira.
Amor sublime, o amor terreno IV
Bíblia - Antigo Testamento
QUARTO CANTO
Noturno
Ela.
2 Eu estava dormindo, mas meu coração velava.
Atenção! O meu amado está batendo.
Ele.
Abre, minha irmã e minha noiva,
minha pomba, meu primor!
Pois tenho a cabeça borrifada de orvalho,
e do sereno da noite, minha cabeleira.
Ela.
3 Já despi minha túnica:
hei de vesti-la novamente?
Já lavei os pés:
hei de sujá-los outra vez?
4 O meu amado meteu a mão na fechadura,
fazendo-me estremecer em meu íntimo.
Em busca do amado
Ela.
5 Levantei-me para abrir ao meu amado,
minhas mãos gotejando mirra;
de meus dedos a mirra escorria
sobre o trinco da fechadura.
6 E então abri ao meu amado,
mas o meu amado já se tinha ido, já se tinha retirado.
Ansiei loucamente por falar-lhe:
procurei, mas não o encontrei;
chamei, mas não me respondeu.
7 Encontraram-me os guardas que faziam a ronda da cidade:
espancaram-me e me feriram;
arrancaram-me o manto as sentinelas das muralhas.
8 Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém:
se encontrardes o meu amado,
anunciai-lhe que desfaleço de amor!
Descrição do amado
Coro.
9 O que distingue dos outros o teu amado,
ó mais bela entre as mulheres?
O que distingue dos outros o teu amado,
para que assim nos conjures?
Ela.
10 O meu amado é branco e corado,
inconfundível entre milhares:
11 Sua cabeça é ouro puro,
a cabeleira é como leques de palmeira,
é negra como o corvo.
12 Seus olhos são pombos,
junto aos cursos de água,
banhando-se em leite,
detendo-se no remanso.
13 Suas faces são canteiros de bálsamos,
tufos de ervas aromáticas.
Seus lábios são como lírios,
a destilar um fluido de mirra.
14 Suas mãos são braceletes de ouro,
guarnecidas com pedras de Társis.
Seu corpo é marfim lavrado,
recoberto de safiras.
15 Suas pernas são colunas de alabastro,
assentadas em bases de ouro.
Seu aspecto, como o Líbano, airoso como os cedros.
16 Sua boca é só doçura; todo ele, pura delícia.
Tal é o meu amado, assim é o meu amigo,
ó filhas de Jerusalém.
Encontro com o amado
Coro.
1 Aonde foi o teu amado,
ó mais bela das mulheres?
Para onde se dirigiu o teu amado?
Iremos contigo à sua procura.
Ela.
2 O meu amado desceu ao seu jardim,
aos canteiros de bálsamos,
para apascentar nos vergéis e colher lírios.
3 Eu sou do meu amado, e o meu amado é todo meu.
Ele é um pastor entre lírios.
Amor sublime, o amor terreno III
Bíblia - Antigo Testamento
TERCEIRO CANTO
Cortejo nupcial
Coro.
6 O que vem a ser aquilo que sobe do deserto,
como coluna de fumo,
exalando mirra e incenso
e todos os perfumes dos mercadores?
7 É a liteira de Salomão,
escoltada por sessenta guerreiros
dos mais valentes de Israel.
8 Todos são espadeiros treinados para o combate;
cada qual leva ao flanco a espada,
por temor de surpresas noturnas.
de madeira do Líbano:
10 fez colunas de prata,
espaldar de ouro e assento de púrpura;
o interior foi carinhosamente adornado
pelas filhas de Jerusalém.
11 Vinde, filhas de Sião, contemplar
o rei Salomão com a coroa,
com a qual sua mãe o coroou
no dia de suas bodas,
dia de júbilo para seu coração!
Descrição da amada
Ele.
1 Como és formosa, minha amada!
como és formosa,
com teus olhos de pomba,
na transparência do véu!
Teus cabelos são como um rebanho de cabras,
esparramando-se pelas encostas do monte Galaad.
2 Teus dentes são como um rebanho de ovelhas tosquiadas,
recém-saídas do lavadouro:
cada um com seu par, sem perda alguma.
3 Teus lábios são fitas de púrpura,
de fala maviosa.
Tuas faces são metades de romã,
na transparência do véu.
4 Teu pescoço é como a torre de Davi,
construída com parapeitos,
da qual pendem mil escudos
e armaduras de todos os heróis.
5 Teus seios são como duas crias,
gêmeos de gazela, pastando entre lírios.
Ela.
6 Antes que expire o dia e cresçam as sombras,
irei ao monte da mirra e à colina do incenso.
Ele.
7 És toda formosa, minha amada,
e em ti não se encontra defeito algum.
Apelo do amado
Ele.
8 Vem comigo do Líbano, minha noiva!
vem comigo do Líbano!
Desce do cume do Amaná,
dos cimos do Sanir e do Hermon,
das cavernas dos leões,
das montanhas das panteras!
Encantamento
Ele.
9 Arrebataste-me o coração, minha irmã e minha noiva,
arrebataste-me o coração com um só de teus olhares,
com uma só jóia de teu colar.
10 Como são ternos teus carinhos,
minha irmã e minha noiva!
Tuas carícias são mais deliciosas que o vinho;
teus perfumes, mais aromáticos
que todos os bálsamos.
11 Teus lábios, minha noiva, destilam néctar;
em tua língua há mel e leite.
Tuas vestes têm a fragrância do Líbano.
Recanto de amor
Ele.
12 És um jardim fechado, minha irmã e minha noiva,
uma nascente fechada, uma fonte selada.
13 Tuas plantas são um vergel de romãzeiras,
vegetação toda selecionada:
umbelas de alfena e flores de nardo,
14 nardo e açafrão, canela e cinamomo,
toda espécie de árvores de incenso,
mirra e aloés,
os melhores bálsamos.
15 A fonte do jardim
é como um manancial de água corrente
que brota do Líbano.
16 Desperta, Aquilão!
E tu, Austro, vem soprar em meu jardim,
para que se espalhem seus aromas!
Apelo da amada
Ela.
Que entre o meu amado em seu jardim
para comer dos frutos deliciosos!
Ele.
1 Já vou ao meu jardim, minha irmã
e minha noiva,
colher mirra e bálsamo,
comer do favo de mel, beber vinho e leite.
Coro.
Amigos, comei!
bebei e embriagai-vos do amor!
Amor sublime, o amor terreno II
Bíblia - Antigo Testamento
SEGUNDO CANTO
Primavera de amor
Ela.
8 Atenção! É o meu amado:
eis que ele vem saltando pelos montes,
transpondo as colinas.
9 O meu amado parece uma gazela,
uma cria de gamo,
parado atrás de nossa parede,
espiando pelas janelas,
espreitando através das grades.
10 Adiantando-se, o meu amado me fala:
Ele.
Levanta-te, minha amiga,
minha formosa, e vem!
11 Eis que o inverno já passou,
cessaram as chuvas e se foram.
12 No campo aparecem as flores,
chegou o tempo da poda,
a rolinha já faz ouvir
seu arrulho em nossa região.
13 Da figueira brotam os primeiros figos,
exalam perfume as videiras em flor.
Levanta-te, minha amiga,
minha formosa, e vem!
14 Pomba minha, nas fendas da rocha,
no esconderijo escarpado,
mostra-me teu semblante, deixa-me ouvir tua voz!
Porque tua voz é doce, gracioso o teu semblante.
Coro.
15 Agarrai para nós as raposas, estas pequenas raposas,
que devastam as vinhas, nossas vinhas em flor!
Apelo da amada
Ela.
16 O meu amado é todo meu, e eu sou dele.
Ele é um pastor entre lírios.
17 Antes que expire o dia e cresçam as sombras,
volta, meu amado,
– imitando a gazela ou sua cria –,
para os montes escarpados!
Divagações
Ela.
1 Em meu leito, durante a noite,
busquei o amor de minha alma:
procurei, mas não o encontrei.
2 Hei de levantar-me e percorrer a cidade,
as ruas e praças,
procurando o amor de minha alma:
Procurei, mas não o encontrei.
3 Encontraram-me os guardas que faziam a ronda pela cidade.
Vistes o amor de minha alma?
4 Apenas passara por eles,
encontrei o amor de minha alma:
agarrei-me a ele e não o soltarei
até trazê-lo à casa de minha mãe,
à alcova daquela que me concebeu.
Ele.
5 Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém,
pelas gazelas ou corças do campo,
que não acordeis nem desperteis a amada,
antes que ela queira!
Amor sublime, o amor terreno.
Como é extenso vou publicar um canto a cada post a seguir.
Bíblia - Antigo Testamento
1 O Cântico dos Cânticos de Salomão.
PRIMEIRO CANTO
Anseios de amor
Ela .
2 Sua boca me cubra de beijos! São mais suaves que o vinho tuas carícias,
3 e mais aromáticos que teus perfumes
é teu nome, mais que perfume derramado;
por isso as jovens de ti se enamoram.
4 Leva-me contigo! Corramos!
O rei introduziu-me em seus aposentos.
Coro.
Queremos contigo exultar de gozo e alegria,
celebrando tuas carícias, superiores ao vinho.
Com razão as jovens de ti se enamoram.
Canção da amada
Ela.
5 Sou morena, porém graciosa,
ó filhas de Jerusalém,
como as tendas de Cedar,
como os pavilhões de Salomão.
6 Não me olheis com desdém, por eu ser morena!
Foi o sol que me bronzeou:
os filhos de minha mãe, aborrecidos comigo,
puseram-me a guardar as vinhas;
a minha própria vinha não pude guardar.
Ambição do amor
Ela.
7 Indica-me, amor de minha alma: onde pastoreias?
Onde fazes repousar teu rebanho ao meio-dia?
Para eu não parecer uma mulher perdida,
seguindo os rebanhos de teus companheiros.
Coro.
8 Se não o sabes, ó mais bela das mulheres,
segue os rastos das ovelhas
e leva teus cabritos a pastar
perto do acampamento dos pastores!
Ele.
9 Às parelhas das carruagens do Faraó
eu te comparo, minha amada.
10 Graciosas são tuas faces entre os brincos,
e teu pescoço entre colares.
11 Faremos para ti brincos de ouro
com filigranas de prata.
Exaltação do amor
Ela.
12 Enquanto o rei está em seu divã,
meu nardo exala seu perfume.
13 O meu amado é para mim
como bolsa de mirra sobre meus seios;
14 o meu amado é para mim
como um cacho florido de alfena dos vinhedos de Engadi.
Ele.
15 Como és formosa, minha amada!
Como és formosa, com teus olhos de pomba!
Ela.
16 E tu, meu amado, como és belo,
como és encantador!
O verde gramado nos sirva de leito!
17 Cedros serão as vigas de nossa casa,
e ciprestes, as paredes.
Galanteios
Ela.
1 Eu sou o narciso de Saron,
o lírio dos vales.
Ele .
2 Sim, como o lírio entre espinhos
é, entre as jovens, a minha amada.
Ela.
3 Como a macieira entre árvores silvestres
é, entre os jovens, o meu amado.
À sua sombra eu quisera sentar-me,
pois seu fruto é saboroso ao meu paladar.
Amor apaixonado
Ela.
4 Ele me conduziu à casa do banquete,
onde a bandeira era para mim sinal de amor.
revigorai-me com maçãs,
porque desfaleço de amor!
6 Sua esquerda apóia minha cabeça,
e sua direita me abraça.
Ele.
7 Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém,
pelas gazelas ou corças do campo,
que não acordeis nem desperteis a amada,
antes que ela queira!
sábado, 13 de março de 2010
quinta-feira, 11 de março de 2010
Mudei o post!
quarta-feira, 10 de março de 2010
Para não esquecer de postar
Que maré é essa?
Que vai e não volta
No mar há uma porta
Que me convida a partir
Não há resposta
a translúcida porta
não mostra o porvir
Não tem conserto
Não tenho remos
meu peito agora
se perde na imensidão
não tem porque não
não tenho medo
mais forte é o mar
não há porto ou farol
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Mário de Andrade

POEMAS DA AMIGA
A tarde se deitava nos meus olhos
E a fuga da hora me entregava abril,
Um sabor familiar de até-logo criava
Um ar, e, não sei porque, te percebi.
Voltei-me em flor. Mas era apenas tua lembrança.
Estavas longe doce amiga e só vi no perfil da cidade
O arcanjo forte do arranha-céu cor de rosa,
Mexendo asas azuis dentro da tarde.
Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus amigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.
Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos.
Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia
Sereia.
O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
Saudade...
Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...
As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Hand in Hand
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Máxima do dia
Goya, "Two Old Woman Eating"
domingo, 21 de fevereiro de 2010
A um amigo
POETA, POETINHA VAGABUNDO!
SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ !
FITTIPAS VELHO SARAVÁ!
De volta
Antes do carnaval, durante o período de chuvas, escrevi este texto abaixo, que está incompleto porque não achei bom. Mas agora vem bem ao caso diante das certezas que me iluminaram durante o carnaval na praia. Comento logo em seguida.
Era fim de tarde. A chuva, torrencial, começara, igual aos dias anteriores e aos seguintes. Poderia continuar ao computador? Sem ele o que fazer? Assistir TV...mas também precisa de energia. Ouvir música, notícias...arre! Também não! Saco! Até que diante dos meus olhos a tela, imperativa, se apagou e o som de transformadores estourando se ouvia ao longe. Uma árvore acabara de cair na rede elétrica. Após o susto do apagão possui-me um sentimento de desespero sem causa, angústia infundada: a luz tardaria a voltar. O que mais me impressionou, foi que ao cair da noite, sob luz de velas, tudo havia se transformado. A família antes separada, em cada cômodo em seus computadores ou televisores, agora estava reunida, distraindo-se com o violão que eu tocava e entretendo-se com um bom carteado, em meio a conversas. Fui para a varanda fumar um cigarro e me senti na praia. Não exatamente pela vista ou brisa que batia, mas devido a paz e tranquilidade com que eu podia deliciar-me com minha fumaça – não vou muito pro interior por isso a praia. Olhava o mundo ao redor e percebia que todos estavam correndo, eletrizados eles próprios pela corrente elétrica que abastece seus objetos. Já mais a noite, passada a chuva, o céu estava limpo, a minha quadra inteira estava sem luz, e pude então perceber algumas estrelas no céu, muitas mais do que de costume – até porque não olho para o céu em São Paulo quando estou plugado na rede elétrica de coisas. Isso voltou a repetir-se nos dois dias seguintes.
Essa mesma certeza, que se apresentou pra mim nesses dias, foi novamente confirmada agora que passei o feriado na praia. Todo o desenvolvimento deste nosso admirável mundo moderno é diametralmente oposto a tudo que diz respeito a natureza, a nossa natureza, a natureza humana, que quando ignorada leva a isso que temos hoje: a loucura, aos crescentes problemas psíquicos, a depressão, a total e completa impossibilidade de uma vida tranquila, serena, vivida, gozada e feliz. Não sou muito metido a neo-hyppie, gosto e tento ver com bons olhos as tecnologias (vide que estou escrevendo isso na internet) mas no atual estágio e nas perspectivas futuras pra onde caminha o mundo globalizado, estamos tão distantes, e cada vez mais, das únicas coisas que podem realmente trazermos uma vida boa. Pois é, que desperdício de vida...
O diretor japonês Akira Kurosawa tem um filme chamado "Sonhos", em que são mostrados diversos contos. O último é esse acima. Sem dúvida compartilho dessa utopia, dessa visão sonhadora de vida perfeita.
"Não dá pra ser feliz, não dá pra ser feliz, não dá pra ser feliz, não dá pra ser feliz" (Gonzaguinha)
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
A respeito do horror
Escrevo este post nauseado pela rápida pesquisa que realizei devido aos 65 anos da libertação dos campos de concentração nazistas de Auschwitz-Birkenau, pelas tropas soviéticas , no dia 27 de Janeiro de 1945.
Me é viceralmente perturbador ler os relatos de sobreviventes e me expor as fotos documentais da época. Meu sangue ferve em dor e se apimenta de desejos de vingança, carnal, a fim de levar a cabo uma outra guerra contra pessoas a tempos mortas ou já bastante envelhecidas. Investigando minha alma posso compreender claramente, em mim, o impulso que leva tantos jovens a guerra, e que provavelmente seria similar a outros tantos jovens que estariam do outro lado deste conflito que eu poderia ingressar.
O pior é: me considero pacifista, mas percebi que não sou. Dou graças a deus, sem crer em tal mentira, que muitos deram suas vidas para derrotar a Alemanha Nazista, e que puderam ajudar , enfim, os que resistiram aos horrores da Shoah -melhor dizer Holocausto, não foram só Judeus que morreram, apesar de serem o grupo amplamente maioritário.
Neste dia em que se relembra este feito, ofereço meus pensamentos as incontáveis (não é pleonasmo) vitimas cruelmente assassinadas; aos corajosos combatentes que morreram ajudando a extirpar esse mal - soou bem nazista isso, não? pois esse é o tamanho do meu ódio- e aos outros tantos veteranos e sobreviventes que carregam/carregaram no corpo e na mente as marcas desses tempos abomináveis.
"Queria gritar ao tempo que se demorasse, e não corresse. Queria recapturar o meu ano passado e guardá-lo para mais tarde, para a nova vida. Meu segundo sentimento hoje é o de força e esperança. Não sinto o menor desespero. Hoje fiz quinze anos de idade e vivo confiante no futuro, não me preocupo com ele, em vez disso tudo o que vejo diante de mim é o sol, o sol, o sol, o sol.
Yitskhok Rudashevski, Lituânia, 10 de Dezembro de 1942 (morreu por mãos nazistas por volta de outubro de 1943)
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
A Revolução dos Orgãos

domingo, 17 de janeiro de 2010
Um pouquinho de lirismo
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Remake

Iria escrever hoje sobre o decreto do presidente em relação ao plano de direitos humanos a ser votado pelo congresso. Mas - infelizmente - percebi porque ninguém dá muita bola para política, mesmo que isso interfira diretamente em nossas vidas : é muito chato!
O caso é : vou escrever sobre cinema.
Li hoje no jornal uma crítica em relação ao lançamento do novo filme de Werner Herzog "Vício Frenético". A argumentação que se segue responde a pergunta, de forma negativa: "Porque refilmar?".
Não entendo esse estigma que as releituras carregam no cinema. Não vejo mal algum em pegar um roteiro velho e o refilmar a partir do meu ponto de vista. Como músico/ator estou mais do que acostumado com isso nessas artes, alias é uma das formas pela qual a arte se renova. Novas versão de canções antigas, de textos antigos - ainda se encenam tragédias! - sempre vem a tona e com maior ou menor êxito sempre são louvadas. Entretanto, essa lógica não se aplica ao cinema. Concordo, infelizmente, que a grande e avassaladora maioria das novas versões de filmes são inferiores aos originais - excluindo a priori dessa estimativa os ridículos remakes vendáveis de Hollywood. Mas daí chegar ao ponto de denegrir a ideia de se refilmar antigos roteiros é um exagero. Cito como uma refilmagem bem sucedida aqui a nova versão de "A fantástica Fábrica de Chocolate". Não gostei muito do filme, mas ele consegue trazer novas ideias e revelar novos lados do dono da fábrica, além de estabelecer uma comunicação , a meu ver , mais eficiente com as crianças de hoje em dia, do que as antigas músicas conseguiriam.
De qualquer forma a impressão que tenho é que sendo o cinema uma arte nova, da modernidade, acaba incorporando seu ponto crucial, a veneração do Novo, a grande e fetichizada Novidade, ou nas palavras de Álvaro de Campos "tudo...com que hoje se é diferente de ontem". Ainda nesse ponto, acho que o grande erro, que contribui decisivamente para esse tabu no cinema, é o impulso de refilmar filmes apenas para atualizar sua técnica, o refilmando tendo em vista somente melhorara da qualidade das imagens, dos sons, dos efeitos especiais, sem trazer uma nova possibilidade de interpretação e/ou linguagem para o tema tratado. Ou ainda, apenas do ponto de vista comercial, para se explorar uma marca já conhecida e desejada.
Não assisti e nem sei se pretendo assistir a esse novo longa de Herzog, que é uma versão do homônimo filme do diretor Abel Ferrara, de 1992, mas isso não vem ao caso.
Não fosse o cinema uma arte tão técnica (tudo depende de equipamentos), e consequentemente, tão cara, gostaria eu de refilmar grandes clássicos do cinema para provar essa minha teoria de que é sim possível, e até desejável, que se monte - ops, termo teatral - que se filme antigos bons roteiros, visando explorar novas possibilidades de interpretação do mesmo.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
domingo, 10 de janeiro de 2010
Ano Novo, Vida Nova !
Resolvi mudar. Cansado de ser quem eu sou, assim que virou o ano, raspei todos os pelos do meu corpo: cabelo, barba, peito, pernas, pubis. Sobrou até para as minhas sobrancelhas - Coitadas! Aderindo a nova antiga moda furei minhas orelhas e coloquei um espaçador em cada, além dos brincos de argola, e cravejei meu nariz com piercings luxuosos. É isso: Ano Novo, Vida Nova! E tatuei enorme no meu peito, "ESPERANÇA", e gigantesco nas minhas costas, "NUNCA MAIS". Já não sou o mesmo do dia 31 às 11:59:59, e no entanto, nada mudou.
Feliz Ano Novo!